“Sinto-me como um Centauro. Duplo, híbrido, bífido. Sou italiano e judeu, químico e escritor, racionalista e poeta. Sou fabulosamente sedentário e gostaria de viajar”.
“Io sono um centauro”, entrevista a Giorgio Martellini, Il Gazzettino, julho de 1981, Opere Complete III, pp. 451-454
“Sou químico. Aportei na categoria de escritor porque fui capturado como partigiano e terminei em um campo de concentração como judeu”.
“O escritor não escritor”, In: Primo Levi, A assimetria e a vida: artigos e ensaios, (Trad. Ivone Benedetti), São Paulo: Editora Unesp, 2016, p. 169.
“Para que a roda gire, para que a vida viva, são necessárias as impurezas, e as impurezas das impurezas: mesmo com a terra, como se sabe, se se quiser que seja fértil. É preciso o dissenso, o diverso, o grão de sal e de mostarda: o fascismo não os quer, os proíbe, e por isso não és fascista; quer todos iguais e não és igual. Mas tampouco a virtude imaculada existe ou, se existe, é detestável.”
“A tabela periódica”, (trad. Luiz Sergio Henriques), Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994 (1975), p. 40.



